Guardado na estante #7 | O Amante é Sempre o Último a Saber
Vá lá Marta, conseguiste trazer mais do que um Guardado na Estante no mesmo mês, até mereces um biscoito - que se sinta a forte ironia na frase anterior, por favor. Depois do processo que foi ler O Processo de Kafka, sabia que tinha de ler um livro levezinho. Já não tinha livros fofinhos que ainda não tivesse lido e não queria ter que ficar três dias a andar de transportes público sem companhia literária. Por isso, fiz uma pesquisa mais profunda nas prateleira cá de casa à procura de algo que me chamasse a atenção. E que soubesse que não seria demasiado sério.
Os meus olhos, ainda que meio desconfiados, acabaram por cair em cima do único livro de Rui Zink que alguma vez comprei: O Amante é Sempre o Último a Saber. Comprei-o há uns anos porque o achava um grande maluco e porque acho a capa lindíssima. Na altura, tentei ler e não me lembro de ter sequer passados as primeiras dez páginas. Lembro-me que estava confusa, que não estava a perceber o que se passava e desisti. Interessante ver como o tempo realmente importa quando se fala em ler livros. Passados alguns anos, li-o num ápice e embora as partes confusas que continuam lá, nunca me senti perdida na história.