O dia em que o meu coração explodiu
De uma maneira geral, não me posso queixar dos amigos que tive ao longo da minha vida. Nunca os tive em grandes quantidades, mas cada uns na sua altura, foram de alguma forma importantes. Li algures, há uns anos, que havia um estudo qualquer que dizia que as amizades que ultrapassassem a marca dos três anos durariam para sempre. Não sei se este estudo foi feito com o patrocínio do site noticiasbombasticas.br.con ou quanto tempo tem um "para sempre", mas a verdade é que às vezes as coisas não são bem assim.
Há amigos que são para determinadas fases. Há os maus amigos, que só nos apercebemos que o são muito tempo depois. Em ambos os casos, as pessoas afastam-se, quer se tenham conhecido ontem ou há dez anos. O estudo, em todos os casos, falha redondamente. Depois, há aqueles amigos que temos desde que nos lembramos de ser pessoas. Curiosamente, estes podem até ser os amigos que descoramos com mais facilidade. Não é por mal, de nenhuma das partes, mas a verdade é que já nos habituámos à presença uns dos outros e acabamos por estar descansados porque sabemos que se precisarmos de rir ou chorar, eles vão estar lá. No meio de muitas pessoas diferentes, tenho um bom grupinho desses. Um grupinho que não troco por nada, porque crescemos juntos. Hoje tentamos marcar um jantar e fica difícil porque andamos todos com a mania que somos adultos, mas o amor está lá.