Hoje começa o último mês do ano. Parece mentira que um ano tenha passado tão rápido. É costume dizer que quando estamos a divertir-nos ou felizes de uma maneira geral o tempo passa mais depressa, por isso acredito que tenha sido por isso que nem tenha dado pelo ano passar. Parece que foi ontem que escrevia aqui o meu primeiro post, toda nervosa. Estávamos no dia 2 de fevereiro.
2017 está a ser um ano incrível para mim e apesar de ter acontecido tanta coisa possível de lamentar, a verdade é que este ano também teve muita coisa boa para o mundo. Seria de esperar que, estando apenas a um mês de terminar, estaria na altura de fazer uma análise aos meses que passaram e relembrar o que de pior, mas sobretudo o que de melhor teve este ano. O que eu não estava à espera era de, no primeiro dia do último mês do ano, surgisse algo que fosse um forte concorrente a ser das melhores coisas que este ano viu. Ou ouviu.
Não gosto de escrever tão tarde. Sim, para mim tudo o que seja publicar no blog depois das 14h30 já me dá comichões. No entanto, a manhã e inicio da tarde hoje têm sido tão boas para mim que tive que fazer dança da vitória até agora só para conseguir sentar-me na cadeira e partilhar com vocês algo que me deixa especialmente feliz.
Ainda sobre lerdice: também o sou no que toca a computadores. Por essa razão, este blog e o canal do YouTube não exisitiriam sem o apoio do meu engenheiro informático, also known as o meu Rapaz. Ele tem-me dado uma ajuda tremenda, mas hoje - porque ele está a trabalhar, por isso nem sequer tive outro remédio - consegui fazer uma coisa no computador sozinha! Estou aqui a dar palmadinhas nas costas. Hoje, fiz o meu primeiro thumbnail - que é como quem diz "foto de capa" - para um vídeo de YouTube.
Nunca tive grandes preocupações com o meu peso. Na escola era sempre a alta e magricelas e comia tudo o que me apetecia, quando me apetecia. Por acaso, nunca tive muita paixão por doces - se calhar foi essa a minha sorte - porque nessa área da gastronomia, sou um bocadinho esquisita. Felizmente, tudo isto também coincidiu com o facto de detestar educação física.
Não sei como é agora, mas na minha altura - que antiga que eu sou! - só se jogava futebol. Detestava cada minuto. Como quero fazer sempre tudo bem, jogar futebol era algo que me deixava especialmente frustrada porque nem uma bola eu era capaz de receber como deve ser. Com o tempo, comecei a voluntariar-me para ser guarda-redes pensando que era uma maneira boa de tocar menos na bola e fazer a aula na mesma. Enganei-me. Esqueci-me que o guarda-redes é aquele membro da equipa que de vez em quando leva com a chamada bujarda, quando o adversário tenta marcar golo. Eu, cheia de medo da bola, encolhia-me toda e a bola entrava. No final da aula, a minha equipa perdia por uns 10 golos - fazendo assim uma média.
Considero-me uma pessoa com várias histórias muito características. Existem dois ou três mitos em torno da minha pessoa, que se tornaram grandes motivos de gargalhadas entre mim e os que me são mais próximos - quer seja família ou amigos. Desses mitos destacam-se dois: aquela vez em que, com 11 ou 12 anos, comi 6 bifes ao almoço em casa de uma das minhas melhores amigas ou a vez em que tive uma festa de anos que foi um autêntico fiasco. É deste segundo mito que vos quero falar hoje.
Estávamos no dia 1 de setembro de 2006, dia do meu 11º aniversário. Desde que me lembro de ser pessoa - e mesmo antes disso, existem registos que o confirmam - que gosto de ser o centro das atenções, especialmente quando estou na minha zona de conforto, rodeada de pessoas que me conhecem. Sempre fiz """"concertos"""" e """""recitais de dança"""" para a família e amigos nas mais variadas ocasiões, ali até aos meus 7 ou 8 anos. Quando deixei de o fazer, comecei a aperaltar-me toda, a ser um pouco mais arrojada - resumindo, dar nas vistas, pelas melhores razões que me fosse possível encontrar.
Tal como tinha escrito no meu último Guardado na Estante, decidi que a partir de agora iria intercalar um livro pesado e de leitura mais exigente com um daqueles livros bonitinhos, com histórias simples e quiçá até a roçar no fofinho.
Como tal, quando terminei O Deus das Moscas, decidi pegar num dos livros que me chegou ao correio no mês passado: Fala-me de um Dia Perfeito (ou All The Bright Places) de Jennifer Niven. Parecia-me exatamente o tipo de livro que iria gostar de ler após ter terminado a obra de Golding - da qual tanto gostei.