Assim, todas as casas foram reconstruídas - algumas ainda estão a atravessar este processo - e criaram o cenário fantástico que acompanha qualquer turista que visita a aldeia. São 30 casas no total, sendo que estão 24 em funcionamento. O restaurante típico - com preços muito em conta para quem não quer sair da aldeia -, o espaço da piscina e as atividades tão variadas como as caminhadas, os cursos de mergulho ou as bicicletas são apenas alguns dos aspetos que tornam este local ainda mais apelativo. Ah! E os três burros são simpatiquíssimos!

Neste meu fim de semana éramos cinco meninas e ficámos alojadas numa casa giríssima - especialmente para alguém como eu, que nunca tinha feito turismo rural ou de habitação - para seis pessoas. A casa tinha dois beliches e um quarte grande com cama de casal. A estrutura da casa não foi alterada: os tetos altos e de madeira são animados com cores vivas e cativantes. O pátio é maravilho, onde a pedra escura do chão contrasta com as paredes brancas de todas as casas - tão típicas do sul do nosso país. A decoração é também outro aspeto muito positivo da Casa da Figueira - sim, cada casa tem um nome próprio! As camas são todas em madeira, dando um ar muito rústico à casa que acaba por contrastar com outros elementos mais modernos como uma porta a fazer de cabeceira da cama - giríssimo!

A minha divisão preferida, ali a lutar pelo primeiro lugar com o pátio, foi a casa de banho. Primeiro, tinha um espelho enorme que dava para estarmos as cinco a lavar os dentes ao mesmo tempo que ninguém ficava apertado. O chuveiro era incrível - chão de tijoleira, aberto, com duas meias paredes brancas como as da casa. O autoclismo parecia estar preso perto do teto e nós puxávamos o cordãozinho - provocou muitas gargalhadas. O pátio, que ficou logo em segundo lugar no ranking das minhas divisões preferidas, foi o pano de fundo para um pequeno-almoço maravilhoso.

Em termos de higiene, todas nós atribuímos nota dez. A limpeza é feita diariamente e mesmo quando chegámos tudo cheirava bem, desde a casa em si até aos lençóis e toalhas que nos disponibilizaram. 

Estanto ainda a uma hora e meia de Vila Nova de Milfontes, optámos por passear por Sagres onde a paisagem me tirou a respiração. Provavelmente, o mar mais azul que já vi na vida e olhem que eu moro perto de duas zonas muito conhecidas pelas suas praias. Lanchámos pelo centro de Sagres - um hambúrguer fantástico n'A Cabana - e para a noite optámos por aproveitar a nossa casa ao máximo. 

O tempo acabou por estar melhor do que se esperava, pelo menos não choveu no primeiro dia que foi aquele que escolhemos para passear mais. Para além de Sagres visitámos também a Praia do Amado que também aconselho vivamente. Foi pena o vento estar tão forte, senão acredito que tínhamos ido até ao areal. Independentemente disso, as paisagens valem muito a pena. 

O único senão da Aldeia da Pedralva é o facto de ser muito isolada e por essa razão a rede é muito escassa e (pelo menos na nossa casa) não tínhamos televisão. Não que isso seja um factor obrigatoriamente negativo mas a verdade é que nós não sabíamos disto e o choque foi um bocadinho grande naquelas horas em que tínhamos tirado uma fotografia linda ao pôr do sol e queríamos partilhar com o mundo - eu sei, o mal é nosso! Ficámos com pena de não termos levado uns jogos giros para passarmos o tempo - mas só porque as condições atmosféricas não nos deixaram usufruir das várias atividades que a própria aldeia oferece aos seus hóspedes. 

Aconselho vivamente, sobretudo se quiserem descansar e estar em contacto com a natureza. Imagino-me numa próxima a chegar lá no primeiro dia e a sair no último, aproveitando cada dia uma atividade nova ou ficando à beira da piscina. Em baixo, deixo-vos um pequeno vídeo da minha passagem por lá caso as minhas descrições da casa tenham saído um bocado ao lado. 

Na caixa de descrição do vídeo podem encontrar todas as informações necessárias para fazerem a vossa reserva na Aldeia da Pedralva. Experimentem e depois digam-me o que acharam!

8/10

Andar à descoberta é (Sinónimo de) Carmezim.

Marta.