A Dory na Biblioteca Nacional
Epá, alguém que me ajude. A sério, QUE NERVOS! Cada vez tenho mais a certeza que estas coisas me começam a acontecer de propósito só para eu as vir contar para o blog. Hoje, para além de contar o que se está a passar neste preciso momento - literalmente, decidi abrir o blog para não explodir aqui no meio -, este post também surge em forma de pedido de ajuda. Ajuda porque, 1º já me esqueci como se mexe neste sítio, e 2º porque parece que nem o Google me consegue ajudar.
Esta semana estou de férias. Eu sei, já fazia imenso e ainda tenho a lata de vir para aqui dizer que estou de férias da faculdade. Injustiças à parte, esta era uma semana durante a qual eu não precisava de vir a Lisboa. Era ótima então para quê, tendo em conta o meu post da semana a roçar o pânico? Era a semana ideal para adiantar trabalhos. Inclusive aqueles que requerem um bocadinho mais de tempo de pesquisa, pesquisa essa muito específica. Para juntar o útil ao agradável, decidi que pelo menos num dia desta semana iria a Lisboa almoçar com o meu Rapaz e passar a tarde enfiada na Biblioteca Nacional. Hoje foi o dia.
Escrevo-vos estas palavras diretamente duma das salas da Biblioteca Nacional, com uma ligeira vontade de deitar uma lágrima de frustação. Confesso: não me apetecia nada. Vim o caminho todo a arrastar-me até aqui porque não me sentia com espírito especialmente investigador. Mas tinha que ser, seria estúpido da minha parte não aproveitar esta tarde. Posso dizer que, felizmente, toda essa falta de vontade me passou assim que passei as portas de vidro da BN. Este sítio tem uma aura qualquer que me faz querer começar a aprender imediatamente. Ou é isso ou é simplesmente o facto de ser um sítio em que ficas com vergonha se não estiveres a trabalhar. É mais ou menos como me sinto agora.
Para os fofinhos que se lembrarem fiz um post aqui no blog a contar a aventura que foi a minha primeira visita à BN. Para quem não percebia nada disto, esse dia foi cheio de descobertas que me deixaram espantadíssima com o funcionamente deste local. Também fiz o post porque tive imensos entraves no momento de me inscrever - tipo ser necessário um documento de identificação que tivesse data de validade e que não fosse o cartão de cidadão. Estúpida fui que não especifiquei nesse post qual o cartão que acabei por usar dessa vez, porque me dava um jeitão agora que vocês nem imaginam.
Hoje cheguei cá, não super, mas bastante à vontade. À vontade q.b, digamos. Já sabia mais ou menos os cantos à casa e até consegui descobrir os famosos sacos de plástico que podemos usar para levar as nossas coisas para a sala de leituras - evitando assim figuras de "caracol com a casa às costas" como eu fiz da última vez, com mil e uma coisas na mão. Dirigi-me prontamente para o balcão onde oficializei a minha relação com a BN. Já tenho o meu cartão definitivo e já fiz a minha assinatura anual dos serviços. Achei que estava na altura, até porque entretanto começo a tese e vou precisar de cá passar muita, muuuuita hora.
Depois foi só sentar ao computador para escolher os livros que queria consultar e começar um bela tarde de trabalho. Para escolher os livros, é só necessário fazer login nos serviços da biblioteca. Login... boa... ok.... e agora saber os dados que usei há seis meses quando fiz a inscrição provisória???? Era só o que faltava era eu ser capaz de me lembrar disso! Um dos campos é fácil: pede o código de barras, e isso só pode ser o código de barras que tenho no meu novo cartão. O difícil está no campo seguinte: PIN. Estou há uma hora, basicamente, a tentar código atrás de código.
Tinha quase a certeza que o PIN tinha sido o número do cartão de identificação no momento da inscrição. No entanto, isso também não me ajuda nada porque tive tantos problemas da outra vez que me lembro de experimentar códigos do cartão do cidadão, da carta de condução e até do passe de autocarro. Entretanto, já excluí todos porque já experimentei com todos os números que consegui encontrar em todos estes cartões e nenhum deu para entrar.
Depois pensei que o PIN fosse algo que eu própria defini. Um conjunto de números. Já experimentei todas as combinações que me dizem alguma coisa e nada. Já pensei que pudessem ser palavras. Já experimentei todas as palavras passes que tenho o costume de usar. Com letra maiúscula, com letra minúscula, com números no fim, com números no início. NADA. NA-DA!! E eu aqui, em Lisboa na semana em que não precisava de vir, a fazer coisas que se podem muito bem fazer em casa.
Não estou chateada por aqui estar sem estar a consultar os livros, porque tenho outros trabalhos que posso fazer e verdade seja dita que adoro cá estar pelo simples prazer de estar, mas também não posso dizer que isto não me está a enfurecer ligeiramente. Entretanto descobri que para mudar o PIN, só enviando um mail à BN a explicar a situação. Realmente, estas pessoas de letras são sempre muito complicadas.
UPDATE: Uma hora depois a tentar todas as combinações e mais algumas... CONSEGUIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII!!!!!!! Mantenho o post, porque vale sempre a pena ficar com o registo "em direto" do meu desespero, é da forma que nunca mais me esqueço da porcaria deste pin - que foi logo alterado! Ainda vou a tempo de aproveitar duas horinhas de trabalho, nada mau!
Memória de Dory é (Sinónimo de) Carmezim.
Marta.