A minha primeira vez
Só não vos falei da minha tarde do domingo na minha lista de favoritos do mês de Maio porque sabia que ia querer fazer um post isolado sobre o sítio onde fui. Domingo foi um dia especialmente importante para mim que foi a primeira vez... que fui à Feira do Livro!
Desde dia 1 de junho - dia em que começou a feira - e mesmo nos dias anteciparam a abertura da mesma andei aqui por casa a lamentar-me de como gosto tanto de ler, literalmente, desde que o aprendi a fazer e mesmo assim nunca tinha ido à Feira do Livro. Para além disso, vivo a uma viagem de carro de meia hora de Lisboa, o que tornava toda a situação ainda mais grave.
Então, para surpresa minha, os meus pais acharam por bem convidar-me a ir àquela que seria a minha primeira Feira do Livro. Sinceramente, não pensei ver aquilo tão cheio. Claro que também influenciou o facto de ser domingo e também me cruzei com imensos turistas, mas confesso que fiquei muito surpreendida por ver tanta gente que não andava simplesmente a passear, mas efetivamente a comprar.
Não sei se havia por lá espaços reservados a este tipo de equipamentos, mas não vi nada de e-books e coisas do género. Não tenho nada contra, mas já se começam a ver tantas pessoas a optar por esse tipo de plataformas que foi também uma surpresa para mim ver tanta gente a comprar livros "de verdade".
Felizmente, fui num dia fantástico em que não estava nem frio nem demasiado calor. Deu perfeitamente para andar a passear e ver tudo como deve ser. Cruzei-me com livros que andava à procura há imenso tempo, cruzei-me com livros que já tenho em edições simplesmente maravilhosas... mas sabem pelo que fiquei realmente apaixonada? Pelos livros infantis.
Na minha altura tinha pouco mais do que livros da Anita e da Barbie. Adorava de coração cada um deles, mas agora, melhor do que haver imensa escolha é o facto de grande parte dessa escolha ser de qualidade. Encontrei livros lindíssimos, com ilustrações de fazer "ooohhhhh!" a cada página que se virava. Perdi a cabeça, sobretudo, quando me cruzei com um livro ilustrado do conto da Bela e o Monstro. Tive vontade de o trazer para casa para ser o primeiro livro na futura estante dos meus futuros filhos.
Outro ponto que me surpreendeu e com o qual fiquei muito bem impressionada foram as pequenas áreas da feira que estavam reservadas a mais do que livros. Falo da zona das comidas, com coisas super engraçadas para experimentar, desde refeições comuns, snack, batidos ou tigelas de fruta, cachorros e várias carrinhas vegan. Apesar de estar imensa gente na feira, a oferta na "zona de restauração" era tanta que nunca nos apercebemos realmente da dimensão da procura.
Para além da "zona de restauração" para humanos, delirei com a zona reservada aos animais. Visto ser um local no qual podem circular animais, achei absolutamente delicioso haver uma zona de "RefresCÃO". Nessa zona, havia puffs para os donos, sombras e água fresquinha para os nossos melhores amigos. Tive vontade de me sentar lá à espera que os cães todos que por lá andassem fizessem uma paragem só para ser eu a babar-me com eles.
Outro ponto alto? VI O RICARDO ARAÚJO PEREIRA! Infelizmente, foi só mesmo ver, porque a sua intervenção seria mais tarde e nós não podíamos lá ficar muito mais tempo. Deu só para ouvir algumas palavras e soltar umas gargalhadas. O senhor é mesmo o maior e só eu sei a pena com que fiquei de não o ouvir falar do seu livro. No entanto, vê-lo já foi mais do que eu estava à espera.
No que toca aos livros propriamente ditos, a feira está muito bem organizada. Temos várias bancas que se vão intervalando com locais onde podemos conversar com alguns autores - das partes mais giras e interessantes da feira! Apesar de me ter cruzado com imensos livros que já me foram aconselhados e que estão na minha wishlist, comprei só um: "Eu Dou-te o Sol" de Jandy Nelson. Eu sei, mais um livro fofinho, mas só vou lê-lo depois de me aventurar pela primeira vez em Hemingway com "Adeus às Armas" que já está ali à minha espera assim que acabar o terceiro volume de "Guerra dos Tronos".
No entanto, houve uma pequena banca que me desiludiu: a da FNAC. Eu adoro comprar livros na FNAC porque acho que é das poucas lojas mais comuns que nos oferecem várias edições da mesma história, podendo assim variar no preço, ao mesmo tempo que nos dá a escolher qual a melhor opção para nós. Quando vi a banca deles, fui a correr. Quando lá cheguei vi uma seleção de grande livros, daqueles mesmo fantásticos e naquele tamanho ideal para quem anda muito de transportes públicos - como eu. Pego logo em três ou quatro, até que... reparo que são todos em inglês! Porquê, FNAC?! Já li muita coisa em inglês e não é algo que me faça especial confusão, mas com livros tão densos - entenda-se, "Laranja Mecânica", "Triunfo dos Porcos" e "Quinta dos Animais" - não queria correr o risco de me escapar algo da história por causa do idioma do livro.
Conclusão: não trouxe nenhum desses três ou quatro em que peguei. Foi uma coisa que me fez um bocado de comichão. A loja onde normalmente tenho a oportunidade de escolher a edição que quero, entre umas dez, só tinha exemplares em inglês. Que raio, FNAC!
Apesar de só ter vindo com um livrinho para casa, voltei toda contente. Gostava de ter tirado fotos ou filmado - quiçá um vlog?? - para juntar ao post e vos mostrar melhor a minha primeira ida à Feira do Livro, mas parece que ainda tenho um bocado de dificuldade em pensar em mim, no canal do YouTube e no blog como meios de partilha de experiências. Claro que levei na cabeça do meu Rapaz quando cheguei a casa por não me ter lembrado desses pormenores... mas da próxima não passa!
Feira do Livro é (Sinónimo de) Carmezim.
Marta.
