Como o vinho do porto
O meu natal do ano passado ganhou o título de "melhor natal de sempre", mesmo competindo com edições em que recebia 2 Barbies e dois Nenucos daqueles que eu passava o mês de dezembro a ver na televisão. Quando disse à minha mãe que o natal de 2016 tinha sido o melhor natal de sempre ela disse-me que tinha tudo a ver com espírito com que abraçamos a época. Apesar do natal ter sido sempre a minha altura preferida do ano, o ano passado foi diferente porque ainda mergulhei mais no espírito.
Durante o dia 24 não saí da cozinha a ajudar a minha mãe a fazer doces e decorações para a noite. Vesti umas calças verdes com um casaco vermelho, fiz umas tranças, maquilhei-me a sério - com brilhantes dourados - e pus um barrete de pai natal. Parecia que tinha sido tirada de uma fábrica da Lapónia e adorei cada segundo. Nunca tinha vivido tão plenamente o espírito natalício que, à medida que vou crescendo, me vou apercebendo que é realmente muito mais do que dar e receber prendas. O meu aniversário, este ano, foi assim.
O ano passado também disse que o meu aniversário tinha sido o melhor de sempre. Tinha tido um jantar romântico com o meu Rapaz, ele fez-me sentir uma verdadeira princesa e mimou-me até não dar mais. A minha família fez o mesmo. Com os amigos, infelizmente, não estive muito tempo, mas mesmo assim recebi os parabéns de todos aqueles que me são próximos.
Este ano tive a sorte de dividir o meu dia de aniversário com uma grande amiga. Se me perguntassem há 10 anos se queria dividir o meu dia de anos tinha logo dito que não - que seria! Este ano e ainda por cima com a amiga que era, até acho que fez com que o dia tivesse um significado ainda mais especial para mim. Podia pensar que por ser um festa em conjunto com uma amiga, essa festa teria mais gente do que o costume por haver convidados da parte dela. Enganei-me.
Este ano tive, efetivamente, o maior jantar de anos que alguma vez tive. Sem ser com família, nunca tive tanta gente a cantar-me os parabéns, a abraçar-me quando entrei no restaurante e a dar-me os parabéns. O melhor de tudo é que esse número de pessoas, que cresceu exponencialmente este ano, não estava lá só porque dividi o meu dia de aniversário. As pessoas que lá estavam era amigas das duas. Abraçaram-nos às duas da mesma maneira e nós as duas não podíamos ter sorrisos maiores estampados na cara.
Todos juntos dançámos até de manhã. Quando entrei em casa tocou o meu despertador, fazendo-me perceber que estava há 24 horas acordada. Nem me apercebi, tal foi a força dos festejos. Não poderia ter pedido mais nada! Nem na festa, nem no que toca às mensagens lindas que fui recebendo ao longo do dia. O amor que recebi no fim de semana foi absolutamente desmedido e nem eu própria, que tanto ansiei pelo meu aniversário, esperava uma coisa destas.
Os dois dias seguintes foram para continuar os festejos, desta vez com a família, que para não variar, me enchem de mimos. O melhor deles todos? O meu bolo, que quase me fez deitar uma lágrima de tão lindo - e tão saboroso! Foi feito pela Gulodices da Sónia, já uma tradição no meu aniversário e são de comer e chorar por mais! O meu Rapaz, se o ano passado me fez sentir uma princesa, este ano fez-me sentir uma rainha, sempre a surpreender-me e a fazer os possíveis para que não estivesse mais de meio segundo sem sorrir.
No que toca a prendinhas esperem até ao vídeo da próxima semana, no qual vos vou mostrar tudo, porque foi tão bom que vale a pena. Uma pista: SÓ ENXOVAL e eu não poderia estar mais feliz por isso!
Foi um fim de semana que, pelas mais variadas razões - muito mais do que as que consigo descrever aqui - sei que nunca vou esquecer. É por causa de momentos destes que estou feliz por ter este cantinho: pelo facto de poder reviver os meus 22 anos, daqui a 10 ou 20! Até agora não poderia gostar mais dos meus 22. Sejam bem-vindos!
22 anos é (Sinónimo de) Carmezim.
Marta.