Paleo cenas
Vocês vão-me desculpar, mas vão ter que aturar esta minha semana mais complicada em que a questão do meu aumento de peso não me sai da cabeça. Acreditem, não é que não tenha mais tema nenhum para escrever - aliás, entrámos em Dezembro e eu ainda nem sequer fiz UM POST mais natalício -, mas digamos que toda esta situação me apanhou um bocadinho de surpresa.
Para melhorar tudo, tenho estado doente e por isso nem sequer tenho ido ao ginásio. Hoje já fui vestir o equipamento e tudo que é para não ter maneira de fugir. Hoje tenho que ir sem falta, se não a minha paranoia vai aumentar consideravelmente. Na companhia da minha tosse de cão e do meu nariz ranhoso, tenho passado os últimos dois dias a ler muito sobre dietas e alimentação no geral. Uma coisa vos digo: é assustador. Todos nós já sabemos que uma das coisas mais fáceis do mundo é depersarmo-nos no mundo online, mas ultimamente as minhas pesquisas têm caído pelos buracos mais negros.
Tão depressa estamos muito bem a ler um artigo sobre veganismo, como logo ao lado nos deparamos com supostos casos de pessoas reais que perderam algum orgão por ter deixado de comer carne. Depois é o leite que é indispensável, mas depois também faz cancro. Depois temos a dieta paleo, tão conhecida, que nos diz para não termos medo de comer para depois encontrarmos outro artigo sobre "jejum intermitente" no qual me falam em passar 24 horas sem comer. Até me dá um tontura só de pensar nisso.
Ora, tudo isto é muito complicado porque se há assunto em que toda a gente tem opinião e quem não tem inventa, é precisamente a alimentação. Possivelmente o melhor seria um nutricionista que nos ajudásse e olhasse o nosso caso como único, mas essas brincadeiras também não são para toda a gente. A questão aqui é: eu só quero perder uns cinco quilos. Não precisava de mais, já era feliz assim. Frusta-me que seja tão complicado tomar decisões para chegar a esse objetivo.
Ler estas coisas todas é estar sempre com dúvidas e eu não quero isso. Um dos maiores prazeres da vida é comer e se eu agora começo a sentir-me culpada por ter comido algo... é o fim do mundo em cuecas. O que é que eu fiz? Comecei a contar calorias. Instalei uma app toda catita - eu sei, lá estou eu e as apps - e tenho registado tudo o que tenho comido. No que é que pretendo que isto me ajude? Espero que assim, tendo este diário alimentar com registos a partir do momento em que decidi "fazer dieta", que na próxima avaliação do ginásio - se continuar a engordar - possa mostrar ao meu PT o que comi no último mês. Parece-me um bom plano, visto que desta vez ficámos os dois parvos a olhar um para o outro sem saber muito bem o que raio tinha eu feito para ganhar peso.
Depois de todas as leituras dos últimos dois dias, as mais sensatas, as mais estapafúrdias e as mais assustadoras, só há duas decisões que me sinto suficientemente segura para as tomar, sabendo que não me vão matar: eliminar completamente o açúcar da minha alimentação e reduzir o mais possível nos hidratos de carbono, nomeadamente arroz, massa, batata e pão. Decidi adotar estas duas medidas nesta fase inicial porque eram sempre o único ponto em comum em todas as teorias que li, e quem tem dois dedos de testa sabe que reduzir hidratos e eliminar o açúcar pode trazer grandes benefícios. O que também é verdade é que eu não percebo muito disto e por isso optei por este plano porque me pareceu o mais simples para alguém que nunca teve necessidade ou sequer curiosidade para aprender sobre estes assuntos.
Ponto alto do dia: já consegui beber café sem açúcar e não fui buscar o pacote de Golden Grahams ao armário hoje de manhã. Aliás, de manhã comi atum. Como diz a minha avó, para o que eu havia de estar guardada!
Dietas não são (Sinónimo de) Carmezim.
Marta.