Sem Spoilers #15 - Baby Driver
Já vou um bocadinho atrasada, mas tinha tanta vontade de ver este filme que não poderia falar-vos um bocadinho dele aqui no blog. Sendo que não sou grande fã de filmes de velocidade - exceptuando talvez o primeiro Velocidade Furiosa e o primeiro Corrida Mortal - gosto sempre mais de filmes de ação que metam vilões e muitos tiros. No entanto, quando o meu Rapaz me enviou o trailer deste filme, fiquei muito curiosa.
Verdade seja dita: o meu Rapaz enviou-me o trailer deste filme porque achou que a menina que é metade do casal protagonista era a Margot Robbie, atriz da qual somos os dois grandes fãs, dentro e fora do ecrã. Prontamente lhe dei a triste notícia que era a Lily James que - sorte a nossa - é outra querida. Acho que foi isso que me chamou mais a atenção quando vi o trailer: visto que a velocidade não me diz grande coisa, foi mesmo o elenco me encheu o olho.
Baby Driver - tirando o nome meio à filme de adolescentes ou até desenho animado, tipo o "Boss Baby" - é um filme cheio de grandes estrelas do mundo do cinema. Ele era Jon Hamm - meio arrepiante lá mais para o fim -, era Kevin Spacey - que mal o conheci com os quilinhos extra -, era Jamie Foxx - que ainda me fez dar um gritinho, mas não vos posso contar porquê -, era Ansel Elgort e tantos tantos outros.
Tive um pequeno problema com o Ansel, o protagonista do filmeo Baby propriamente dito: olhava para ele e ficava à espera de o ver em tratamentos no hospital. Foi complicado vê-lo fora do "A Culpa é das Estrelas" e desassociá-lo da personagem que fez noutro filme. Tirando esse pormenor acho que foi muito bem escolhido porque tem carradas de pinta.
Nunca num filme foi tão importante ter pinta - ou se calhar é requisito em filmes de velocidade, eu é que não estou dentro do tema. Baby é o motorista de um grupo de criminosos, situação da qual não pode sair porque tem uma dívida para com o manda-chuva lá do sítio. Conduz como um louco, sempre de fones nos ouvidos para se conseguir concentrar e abstrair do zumbido que tem constantemente nos ouvidos - é a única forma que ele tem de conduzir infalivelmente bem.
É precisamente por este extra na história que o filme se torna mais do que mais um simples filme de velocidade sem grande conteúdo: há uma razão para ele conduzir da maneira que o faz, há uma razão pela qual ele pauta a sua vida em torno dos inúmeros iPods que foi colecionando ao longo da vida. Cada um desses iPods tem paylists específicas para determinadas situações e emoções. No que é que isto resulta em termos cinematográficos? Numa playlist fantásticas, passando pelos mais diversos géneros.
Obviamente que quando a Lily James aparece eles criam automaticamente uma ligação que, num primeiro momento, é sustentada pela música. A partir do momento em que se conhecem os problemas em ficarem juntos, sossegadinhos no seu canto, parecem não parar de surgir. Apesar disto ser algo que previsível, a verdade é que a história não poderia ir para muitas mais direções que estas.
Tendo dito isto, também é verdade que o filme nos vai presenteando com algumas cenas e reviravoltas de que não estávamos - eu e o meu Rapaz - nada à espera. Obviamente que não vos vou dizer o que foi, nem quando foi: para saberem têm que ver o filme.
Baby Driver é um romance musical que se disfarce ou até esconde atrás de muitos carros destruídos, alguns tiros e algum sangue. Quase deitei uma lágrima no fim porque não acabou nem como eu esperava, nem como eu queria... mas acho que em termos de review isso pode até ser uma coisa positiva. Sem ter grandes complicações na trama, é um filme com bons atores e que nunca nos deixa respirar de alívio durante cerca de duas horas. You go Edgar Wright!
8.5/10
Bons filmes são (Sinónimo de) Carmezim.
Marta.
