O meu irmão e o Jim Carrey
Como já todos vocês sabem existem duas coisas que fazem o meu coração sorrir: música e cinema. O gosto por estas duas áreas começou por se manifestar muito cedo - e quando digo muito cedo, não estou a falar dos meus dez anos. Estou a falar de ainda antes de conseguir andar, sobretudo se falarmos do gosto pela música. Há um vídeo meu com meia dúzia de meses a dançar freneticamente o Calhambeque do Roberto Carlos. É outro daqueles tesourinhos bem valiosos do nosso espólio doméstico. A par desse momento existem os inúmeros espetáculos de dança que fazia para a família em todas as ocasiões especiais ou os recitais a cantar Santa Maria.
O gosto pelo cinema, apesar de ter aparecido um bocadinho mais tarde, chegou cheio de força. O primeiro momento de que tenho memória em que pensei "uau, isto é mesmo giro!" foi a ver o Titanic em VHS com o meu irmão e a minha mãe. Eu deveria ter os meus 6 anos e numa parte em que o DiCaprio manda uma piada, a minha mãe e o meu irmão, naturalmente, riram. O que eles não esperavam era que eu risse também. Lembro-me que o meu irmão até pôs o leitor de vídeo em pausa para me perguntar do que me estava a rir. "Então, do que ele disse!". Tinha acabado de conseguir ler a primeira legenda da minha vida.