Estranho título, não acham? Certamente que as pessoas que me conhecem, das duas uma: ou ficaram cheios de pontos de interrogação ou então simplesmente não acreditam. Mas olhem que é bem verdade: fui acampar no fim de semana passado com o meu Rapaz para comemorarmos mais um aniversário. Esta coisa de estar a trabalhar e a estudar ao mesmo tempo acaba por roubar um bocadinho de tempo para se poder ir muito longe passear, tipo ao Porto por exemplo, e por isso decidimos que teria que ser algo mais perto de casa. Acabámos por optar pelo Parque de Campismo da Foz o Arelho, que eu já conhecia, mas que ainda não tinha tido oportunidade de lá levar omeu Rapaz.
Tão bom que é acordar no meio do campo, com tudo verdinho. Tão bom que é conseguir ouvir o pica-pau residente perto de minha casa a martelar um poste de madeira lá ao lado. Que bom que é ouvir passarinhos e respirar o ar puro depois de um dia inteiro no meio da poluição da cidade. Acreditem, é mesmo bom. Mas viver no campo também é propício a encontros muito (mas mesmo muito) indesejados.
Não tinha planeado escrever sobre nada disto que vos estou prestes a escrever. Aliás, esta mudança de tema não aconteceu sequer há mais de 10 segundos. Vinha aqui falar-vos de mais uma série da Netflix que eu adorei e que me deu alguns pesadelos, mas que nem por isso queria menos partilhá-la com vocês. Sentei-me onde me sento todos os dias para escrever no blog, o meu sítio preferido: na mesa da sala. A sala é grande e espaçosa e parece que há espaço para todas as palavras que tenho na cabeça. Escrevo a esta hora porque normalmente estou sozinha e, apesar de ser capaz de escrever com pessoas à minha volta, esta é a minha forma preferida de escrever. A melhor parte? As duas janelonas enormes, do chão até ao teto, que me rodeiam.
Geralmente gosto delas apenas porque entra muita luz e, nestes dias em que a casa é um autêntico gelo, gosto também se sentir o quentinho do sol da entrar. Torna a experiência de escrever nesta mesa muito mais agradável - caso contrário, já nem conseguia mexer os dedos no teclado, tal seria o frio! Hoje quando aqui me sentei estava tudo igual aos outros dias, os meus olhos é que olharam à volta com olhos de ver e é esse o tema deste meu "post surpresa".