Já tentei uns seis começos diferentes para este post e não consigo acertar, provavelmente porque já estou enferrujada. Passou um ano e duas semanas desde o meu último post e hoje tive saudades. Comecei a fazer um scroll na minha página de Facebook, daqueles mesmo grandes, e deparei-me com imensos posts que escrevi aqui e tive saudades. Confesso: parei de escrever no blog porque realmente estava a entrar numa fase em que tinha mesmo que me concentrar noutras coisas, mas a verdade é que em pouco tempo me esqueci completamente do meu blog. Diziam-me "olha Marta, uma história engraçada para contares no blog!" e eu tinha que fazer um esforço para me recordar que eu tinha (e tenho) um blog.
Depois de uma semana de loucos aqui estou eu a escrever ao sábado porque, enfim, sou uma teimosa do caraças. Quantas e quantas vezes já disse que ía começar a escrever antecipadamente para não passar uma semana calada, quantas?! Infinitas! Ainda assim, mesmo sabendo no dia em que falho que no dia seguinte vou falhar outra vez, continuo a fazer a mesma coisa! Ora, fazer uma vez ainda se aceita porque podemos dizer que se estava só a ver se dava; depois, quando falha à segunda podemos dizer que tentámos dar mais uma oportunidade a determinado método; à terceira, já é teimosia e uma grande dose de burrice.
No início deste ano contei-vos como estava contente porque o meu ano tinha reamente começado com boas notícias. Uma delas foi, sem dúvida, o ter sido uma das selecionadas para integrar a equipa de redatores do Espalha-Factos. Talvez nem todos vocês conheçam este site com notícias diárias sobre as mais variadas áreas da cultura e de tecnologia, mas antes de integrar esta equipa, já era uma visitante assídua. O site foi criado em 2009 e eu descobri-o, creio eu, em 2011. Desde aí que se tornou numa referência para mim. Era um sítio onde eu sabia que tinha todas as notícias que me poderiam interessar no que toca a cultura e que, noutros meios de comunicação mais tradicionais, se misturam com outras ou simplesmente nem são notícia. Integrar esta equipa foi uma daquelas conquistas de que me orgulho muito. É sempre bom termos mais uma boa desculpa para escrever.
Desde que comecei a juntar fotografias minhas aos meus posts que a tarefa de ter um blog se tornou mais exigente. Parece coisa de pouco trabalho, mas acreditem que não é. Sobretudo no meu caso, que sempre fui uma pessoa que considerou ter 0 jeito para fotografar. Para além disso, também nunca tive uma grande máquina e muito menos orçamento para comprar, por isso, a tarefa fica ainda mais... desafiante. No entanto, o trabalho que tenho feito tem-me deixado muitíssimo orgulhosa. Com um tripé, o meu telemóvel e umas leituras sobre edição básica de fotografia tenho conseguido colocar este blog, naquela que é para mim, a sua melhor fase - e olhem que há-de ser sempre a subir.
Esta semana o meu blog faz UM ANO. Parece mentira e não poderia estar mais orgulhosa de ainda me sentar para escrever e sentir o mesmo que sentia na primeira semana. Acho que é uma daquelas coisas que, na prática, me mostram mesmo como cresci. Não é só uma sensação que tenho - há coisas no mundo real que me mostram que cresci, e sentir o que sinto com este blog, um ano depois, é mais uma confirmação. Digo isto porque costumava desistir de tudo. Entusiasmava-me imenso com as coisas, dava tudo durante um mês e depois já não tinha mais nada para dar.
Até rimei. O título deste post é um pensamento que me tem vindo à cabeça várias vezes ao dia nas últimas semanas, sobretudo deste o final do ano. Tal como partilhei com vocês, eu também sofro um bocado daquela tendência que a maior parte das pessoas sofre de olhar o novo ano como uma verdadeira oportunidade para fazer algo novo, para deixar de ter medo de fazer coisas novas. É psicológico, mas resulta muito bem.
Nas últimas semanas tenho, literalmente, passado os dias a escrever. Nunca pensei que pudesse dar-me a esse luxo. Ou escrevo emails, ou escrevo no blog ou escrevo para o Espalha-Factos. Nos emails escrevo coisas de trabalho, para tentar preparar umas coisas giras aqui para o blog; no blog, escrevo o que vocês sabem: sobre o que gosto, o que não gosto, sobre mim; para o Espalha-Factos escrevo notícias, escrevo críticas, tudo em torno do tema que mais gosto no mundo: cultura. Todos os meus dias têm sido passados em redor de palavras e têm sido dias em que me sinto completa.
