Já tentei uns seis começos diferentes para este post e não consigo acertar, provavelmente porque já estou enferrujada. Passou um ano e duas semanas desde o meu último post e hoje tive saudades. Comecei a fazer um scroll na minha página de Facebook, daqueles mesmo grandes, e deparei-me com imensos posts que escrevi aqui e tive saudades. Confesso: parei de escrever no blog porque realmente estava a entrar numa fase em que tinha mesmo que me concentrar noutras coisas, mas a verdade é que em pouco tempo me esqueci completamente do meu blog. Diziam-me "olha Marta, uma história engraçada para contares no blog!" e eu tinha que fazer um esforço para me recordar que eu tinha (e tenho) um blog.
De mim, especificamente? Pois é, tenho andado (muito) desaparecida e acho que é altura para aceitar que, realmente, o blog vai ficar nesta condição de um post ou outro por semana. No últimos três meses fiz dois posts em que falei da minha vontade em mudar a rotina de escrita para ser capaz de continuar a fazer posts todos os dias, mas é melhor aceitar que, neste momento, isso não é possível. Tenho também que perceber que isso não faz mal nenhum, porque este blog - por muito que goste dele - não deixa de ser um hobby. Como tal, está sempre sujeito a passar para segundo plano quando outras prioridades surgem.
Tentar definir-me sempre foi um exercício muito complicado para mim. Definir os outros, até. Não sei, mas acho sempre que determinada característica sobressai em determinada situação e que noutra totalmente diferente posso ser exatamente o contrário. Fez sentido? Pois, provavelmente não! Lá está: é difícil para mim definir-me como quem descreve uma paisagem, por exemplo. Se calhar essa é a verdadeira beleza de ser um ser humano: como diz o Shrek, temos várias camadas, como uma cebola.
O título pode parecer confuso, mas acreditem que tudo isto tem uma razão de ser. A pergunta que podem ler no título deste post foi uma questão que levantei a mim própria ontem à noite e que ainda não me saiu da cabeça desde então. Tenho estado a refletir sobre isto e sobre o que eu ando aqui a fazer, especialmente aqui no blog - eu sei, ando muito pensativa, realmente. E depois são vocês que me aturam. Adiante.
A semana passada falei-vos aqui sobre um dos meus programas preferidos atualmente, que ainda por cima é produto nacional - Fugiram de Casa de Seus Pais. O programa de Bruno Nogueira e Miguel Esteves Cardoso é uma das minhas formas preferidas de passar aqueles 40 minutinhos à terça à noite. Como tal, ontem foi dia de assistir a mais uns minutos de conversa entre estes dois senhores que eu tanto gosto. E foi basicamente por causa desta conversa e do que foi lá falado que eu fiquei a pensar nisto.
Uma vez disseram-me "os homens não compreendem que às vezes as mulheres precisam duma discussão ou outra". Fiquei para lá de baralhada quando me disseram isto, sobretudo porque foi dito por uma mulher. Nunca percebi bem essa coisa de quando as coisas estão "demasiado bem" uma das partes começar a inventar problemas onde eles não existem. Faz-me lembrar coisas do meu tempo do Hi5, em que se tudo estivesse bem discutia-se sobre o top dos melhores amigos no perfil.
Para mim isso nunca fez sentido. Sou uma pessoa de muito mimo, de muito amor, que não gosta de terminar o dia sem um abraço bem dado. Aliás, para quem não tenha muita paciência, posso até passar por carente. Também já achei que o era, e achava que isso era uma horrível e que nunca ninguém iria ter paciência para aturar o facto de eu ter um minimo de mimo diário a ser cumprido - coisas de pita parva e (ainda mais) dramática. Hoje não acho que seja carente, sobretudo porque essa palavra tem sempre uma carga negativa agarrada. Acho que esse meu lado tão emocional é, na maior parte das vezes, uma das minhas maiores qualidades.
Antes de mais, gostaria de começar este post por vos apresentar as minhas mais sinceras desculpas. Primeiro, por não fazer um post a falar do 25 de abril - mas a esta hora e depois de seis quilómetros num shopping, o meu cérebro não consegue produzir um texto tão sério quanto esse seria. Em segundo, pelas pequenas - mas tão incómodas - desgraças que se têm passado neste blog, praticamente desde o primeiro dia.
Esta ideia partiu a paredes meias com o meu Rapaz. Todos os dias me incentivava "É hoje, amor! Cria o blog, escreve!", mas nesse dia nada acontecia. Uma semana, um mês depois, lá me dizia "Força amor, vais ver que vai correr, que vão gostar de ler as palavras que tens para escrever!". Até que houve um dia, mesmo antes da viagem dele para os Açores, pedi-lhe ajuda para criar o blog - aproveitando o facto de querer começar a ter uma ocupação enquanto ele estivesse fora.