Lembram-se daquilo que escrevi há uns posts atrás, em que falei no quão chateada estava por não ter nenhuma série para ver? Pois, acho que já descobri porque é que isso é algo que me acontece com alguma frequência: não sei ver as coisas com calma, sobretudo se a série for Netflix (que para quem não sabe disponibiliza todos os episódios de determinada série no próprio dia de estreia). Escusado será dizer que a sexta temporada de Orange Is The New Black, que estreou no passado dia 27 de julho, está toda vista. Pouco mais de uma semana depois de ter recebido esta nova temporada que nem um biscoito, tenho algumas coisas a dizer sobre ela.
Como já todos vocês sabem existem duas coisas que fazem o meu coração sorrir: música e cinema. O gosto por estas duas áreas começou por se manifestar muito cedo - e quando digo muito cedo, não estou a falar dos meus dez anos. Estou a falar de ainda antes de conseguir andar, sobretudo se falarmos do gosto pela música. Há um vídeo meu com meia dúzia de meses a dançar freneticamente o Calhambeque do Roberto Carlos. É outro daqueles tesourinhos bem valiosos do nosso espólio doméstico. A par desse momento existem os inúmeros espetáculos de dança que fazia para a família em todas as ocasiões especiais ou os recitais a cantar Santa Maria.
O gosto pelo cinema, apesar de ter aparecido um bocadinho mais tarde, chegou cheio de força. O primeiro momento de que tenho memória em que pensei "uau, isto é mesmo giro!" foi a ver o Titanic em VHS com o meu irmão e a minha mãe. Eu deveria ter os meus 6 anos e numa parte em que o DiCaprio manda uma piada, a minha mãe e o meu irmão, naturalmente, riram. O que eles não esperavam era que eu risse também. Lembro-me que o meu irmão até pôs o leitor de vídeo em pausa para me perguntar do que me estava a rir. "Então, do que ele disse!". Tinha acabado de conseguir ler a primeira legenda da minha vida.