Tão bom que é acordar no meio do campo, com tudo verdinho. Tão bom que é conseguir ouvir o pica-pau residente perto de minha casa a martelar um poste de madeira lá ao lado. Que bom que é ouvir passarinhos e respirar o ar puro depois de um dia inteiro no meio da poluição da cidade. Acreditem, é mesmo bom. Mas viver no campo também é propício a encontros muito (mas mesmo muito) indesejados.
Se eu alguma vez pensei que iria começar a semana a escrever sobre isto. Quando isto aconteceu até achei que estava a alucinar. Tantas e tantas vezes que tinha imaginado este cenário e quando ele realmente acontece, entrei em pânico na mesma. Como se nunca me tivesse passado pela cabeça que isto pudesse acontecer - e isso não poderia ser uma mentira maior.
Dito assim pode parecer-vos estranho, mas é mesmo verdade - eu penso imenso nestas coisas, sobretudo desde os incêndios no passado outubro. Por ter vivido e visto os fogos tão de perto apercebi-me que não estamos mesmo preparados para um possível desastre. Desde aí que, especialmente quando estou na cama e me custa a adormecer, penso em planos para diminuir danos em caso de emergência. Ao ver aqueles fogos percebi também que as coisas podem mudar em segundo e que todos contam. Não podemos hesitar.