Nunca achei que fosse escrever esta frase, mas a verdade é que já aconteceu várias vezes nos últimos meses várias pessoas virem ter comigo para me dizerem que devia continuar com os vídeos no YouTube. Há meses que não há novidades no canal por duas grandes razões. A primeira, acho que é óbvia. Se até o blog ficou com menos conteúdo deste que recomecei a trabalhar, seria de esperar que o canal "sofresse" mais com essa mudança, porque ser um tipo de conteúdo que dá mais trabalho. Em segundo lugar, porque decidi que daqui em diante só vou usar o canal para música.
Não gosto de falar de coisas de que não gosto. Para começar, não gosto de lhes dar atenção e muito menos gosto de as arrastar aqui para o blog e "perder tempo" a falar de algo que me deixa aborrecida. Contudo, já quebrei essa regra aqui algumas vezes ao longo deste ano e meio de blog. Às vezes é inevitável não falar de algo que achamos completamente estapafúrdio. Às vezes é difícil ignorar a comichão que determinado assunto, pessoa, moda, opinião ou situação nos provoca. Hoje, esperando como sempre não ferir susceptilidades, é uma dessas vezes.
Há muito tempo que não faço um post Sem Spoilers, mas sendo eu uma assumida viciada em cinema e em séries, é claro que tenho continuado a acompanhar várias histórias... até há coisa de duas semanas. De há duas semanas para cá que atingi um ponto no qual nunca tinha estado: não tenho séries para ver. Parece que pela primeira vez em muito tempo estou a ficar um bocadinho "snob das séries". Nada me suscita curiosidade para espreitar e começar a ver, tentei regressar a séries que tinha deixado (mas não correu bem) e mesmo pesquisando por séries dentro do mesmo género de algumas que vejo... meh. Por isso pensei: então e se também quebrar uma das minhas regras e for rever alguma de que tenha gostado muito?
Faz hoje um ano que escrevi sobre o Dia Internacional da Mulher - uau, a sério que já posso fazer referência a posts que já escrevi há um ano? Já fui procurá-lo e já o estive a reler. Desde que o escrevi que não tinha feito ainda esse exercício. Já o fiz com outros posts que me vou lembrando e fico cheia de vontade de os reler, mas com esse, por acaso, nunca tinha acontecido. Curioso, porque na altura até foi um dos posts com que recebi mais e melhor feedback numa altura em que o blog estava numa fase tão embrionária. Reli hoje e cheguei a algumas conclusões.
A brincar, a brincar, já é talvez o segundo post cujo título fala do meu irmão. Nas últimas duas semanas é também a segunda vez que falo dele e da sua influência em vários aspetos da minha vida. A melhor parte é que não exagero nem sequer romantizo a coisa. Deve ser apenas uma das várias vantagens, não só de ter um irmão, como ter um irmão onze anos mais velho. Já falei aqui de como ele me mostrou grandes clássicos do cinema, passando-me essa paixão, ao ponto de hoje ser eu a dar-lhe sugestões para ver. Outra das coisas que sofreu muita influência do meu irmão foi a música. O engrançado é que, pelos vistos, foi uma influência retardada que só agora se está a refletir a sério.
Este é o cenário em que me deito todas as noites. Demorou bastante tempo a chegar a este ponto porque eu e este quarto já passámos por várias fases. Originalmente, este quarto nem sequer era meu, mas sim do meu irmão mais velho. Eu era pequena e achava este espaço o máximo. Ele tinha secretária, tinha computador, tinha colunas em que ouvia The Cramberries aos altos berros, tinha cama de casal, uma casa de banho só para ele, uma televisão e - a minha parte preferida! - um sofá! Adorava ir para o fundo das escadas, à porta do quarto e ficar lá em baixo a ouvi-lo a ele e aos colegas que ele trazia e que ficavam naquele covil uma tarde inteira.