E escrever em casa, há quanto tempo não acontecia tal coisa? Hoje passei o meu feriado, literalmente, a dar ao dedo. Passei o dia inteiro em frente ao computador, a dar tudo aqui no teclado, no mesmo sítio que foi durante vários meses a minha workstation. Todos os dias era igual: assim que acabava de almoçar trazia o computador para esta mesa e escrevia o "post do dia". Na altura estava feliz, mas agora também é verdade que estou mais ainda com a minha nova rotina. Mas há que admitir: hoje quando me sentei aqui, e agora a escrever um post, deu-me algumas saudades desses dias em que as horas pareciam mais longas.
Não sei bem como é que isto aconteceu. Não sei porquê, mas achei que ainda tinha uma data de dias para fazer coisas no mês de abril. Achei que tinha mais tempo para escrever mais, achei que não tinha ainda que me preocupar com carregamentos do passe, achei que tinha mais dias para adiantar trabalhos. É estranho, porque sabia perfeitamente a quantas andava, mas não me apercebi que (só assim por acaso) o mês de abril não tem 57 dias. Quando dei por isso, tinha meia dúzia de horas para fazer tudo. Obviamente que a coisa não correu bem.
A semana passada foi bem melhor do que eu estava à espera. Custou um bocadinho, pontualmente, em situações e momentos muito específicos, mas de uma maneira geral, não deixou de ser uma boa semana. O meu Rapaz esteve fora, como costuma estar por esta altura do ano, e o ano passado foi um nadinha chato, para não dizer pior. A vantagem é perceber, na prática, que de ano para ano, as coisas que um dia foram inseguranças parvas minhas, agora já estão bem mais adormecidas. Fico feliz por ele ter esta experiência só dele - embora um dia queira também fazer tudo aquilo com ele. Ainda assim, é sempre bom quando percebemos que crescemos e que aquilo em que tanto trabalhamos está, realmente, a ter repercussões (positivas) na vida real.