Há cerca de um ano partilhei convosco uma das melhores notícias que o meu 2017 meu deu: os meus amigos (já aqui conhecidos) Carolina e Diogo ficaram noivos! Para além de ter o privilégio de acompanhar toda a preparação do casamento, escolher o meu vestido também vai ser um grande momento. Tendo em conta a relação que tenho com os protagonistas, quero mesmo ir, como costumo dizer, a dar tudo. Acho que é a ocasião ideal e claro, é uma ocasião que merece toda essa produção. Como tal, mesmo não sendo a noiva, ando a varrer tudo o que é lojas de vestidos de cerimónia, tudo o que é cores, padrões, cortes... TUDO o que possam imaginar, eu já vi. Já gostei de vários por essa internet fora, mas experimentá-los é outra história.
Tentar definir-me sempre foi um exercício muito complicado para mim. Definir os outros, até. Não sei, mas acho sempre que determinada característica sobressai em determinada situação e que noutra totalmente diferente posso ser exatamente o contrário. Fez sentido? Pois, provavelmente não! Lá está: é difícil para mim definir-me como quem descreve uma paisagem, por exemplo. Se calhar essa é a verdadeira beleza de ser um ser humano: como diz o Shrek, temos várias camadas, como uma cebola.
Estou com saudades de me sentar - de preferência, com tempo - a escrever. Sinto falta de treinar no meu quarto para vos contar do medo que tive porque me caiu uma osga na testa. Saudades desses tempos, em que me aconteciam coisas estapafúrdias com as quais eu poderia gozar comigo própria. Tenho saudades, mas também não tenho, porque apesar do facto de não me acontecerem coisas estapafúrdias, não deixaram de me acontecer coisas boas.
A partir desta semana sinto-me, oficialmente, uma mulher adulta. É verdade, o dia chegou de mansinho, mas chegou. Começou a dar alguns ares de sua graça quando descobri que tinha chumbado a uma cadeira, no último semestre da licenciatura. Como diz o outro, foi um abre olhos. Até aqui nunca tive grandes razões de queixa, as coisas sempre me correram no campo académico, mas muito graças ao trabalho que me fui habituando a fazer. Desta vez, tive que me deparar com uma dificuldade que pode ter consequências sérias nesta fase da minha vida. No entanto, não foi ter chumbado que me fez ter sentido adulta. Foi ter começado a trabalhar.
Apesar da experiência traumática, adorei escrever o post de ontem. Adoro quando consigo escrever-vos um post que não é só engraçado como também pessoal. Essa é uma das coisas que, por muito que o blog cresça, eu quero muito manter: os posts que, mesmo que sejam intercalados com outros de outro teor, tenham sempre muito de mim. Sempre foi esse o grande objetivo deste blog.
É verdade que hoje também tinha outra história engraçada para vos contar - curiosamente, relacionada com animais mais uma vez. No entanto, não sei se é o meu subconsciente a querer evitar que por dois dias seguidos se fale do mesmo assunto, mas a verdade é que hoje parece que por muito que tente não consigo escrever sobre outro assunto que não este: o caso da Queima das Fitas do Porto.
No seguimento da minha lista de "Livros Bons, Daqueles Que Não Podemos Não Ler", agarrei-me a "Deus das Moscas" de William Golding. Já o terminei há alguns dias, estanto agora num livro bem levezinho e bem diferente dos últimos de que tenho falado aqui no blog - e mal posso esperar para partilhar com vocês o que tenho achado.
Este é um livro com o qual convivi bastante nos últimos três anos, porque quase todo o aluno da Faculdade de Letras já teve que trabalhar sobre ele em alguma cadeira. Sem ler nada sobre a história ou sobre o próprio autor, este foi um livro que sempre me despertou muita curiosidade, sobretudo pelo nome e pela capa: sim, sou uma dessas pessoas horríveis que é capaz de ter estes dois aspetos em conta na hora de escolher um livro. Quando pude finalmente pôr as minhas mãos na edição que me chegou a casa e li a contra-capa, ainda fiquei mais entusiasmada com a leitura que se aproximava. Pareceu-me o tipo de história que eu não consigo largar por muito que tente.
Se forem pessoas atentas e que continuam a ter esperança em mim e neste meu cantinho, devem ter reparado no livro que comecei a ler dois minutos depois - literalmente - de ter terminado "Admirável Mundo Novo" do Huxley. A ideia de partilhar com vocês, logo à partida, qual o livro que estou atualmente a ler, surgiu de forma muito natural: sabia que queria voltar a ler muito, e a ler bons autores. Sabia também que iria certammente cruzar-me com muita gente por aqui que partilhasse do gosto pelos livros e pela leitura. Por essa razão, o surgimento desta """""rúbrica"""" foi algo lógico para mim. Claro, também reparei que isto é um hábito das pessoas que falam dos livros que leram, e comecei a notar que era uma das coisas em que automaticamente reparo quando visito um blog novo: há algum cantinho no blog onde mencionem que livro estão a ler ou nem por isso?