Vocês desculpem lá eu vir falar disto outra vez, mas digamos que é algo um bocado inédito para mim, ok? Ainda por cima a acontecer a uma segunda feira, parece que foi de propósito para que o resto da minha semana ficasse manchado com o primeiro terramoto que senti na vida. Não vos vou voltar a falar do meu pânico a estas coisas, nem vos vou contar mais sobre os planos mirabulantes que faço quando me imagino em estado de emergência. Embora hoje seja também sobre o terramoto, não é só.
O que eu não vos contei foi que no dia em que senti o terramoto, estava a fazer vlog. Já expliquei aqui, o mês passado, que fazer vlogs é a coisa que mais queria fazer no meu canal de YouTube porque é também o tipo de vídeos que mais vejo. Existem um conjunto de canais - sobretudo famílias com os bebés mais lindos do mundo - que eu acompanho diariamente e que já fazem parte da minha rotina. A ideia de registar momentos e partilhar para quem achar interessante, fofinho ou até inspirador é algo que me atrai muito, sobretudo desde que comecei a ver YouTube a sério, há uns três anos.
Este post poderia muito bem ser um post dos À Descoberta, porque apesar de não ser um restaurante, um hotel ou qualquer outro sítio propriamente dito que vos possa recomendar, foi para mim, efetivamente, uma descoberta. Foi uma descoberta daquelas que não te apanha propriamente de surpresa porque, no fundo, até já esperavas. No entanto, a surpresa não deixa de ser aqui um factor porque ultrapassou todas as tuas expectativas. Foi isso que me aconteceu há dois dias.
Tal como partilhei com vocês, a tarde de quinta feira passada não foi nada fácil. Foram quatro horas fechada no quarto em lágrimas, que aumentavam substancialmente quando começava a pensar no meu futuro. Felizmente, só eu é que achei o meu chumbo um verdadeiro drama. Eu detesto falhar, é mesmo algo que sei que tenho de aprender a saber lidar e isto foi um ótimo exercício, sobretudo por ter visto a reação das pessoas à minha volta. Para além dos meus pais que, espetacularmente, me deram força para olhar para a frente - que é como quem diz, para o exame -, tenho um Rapaz que me enche de mimos e me oferece o colo para chorar - ao mesmo tempo que faz o pino para me ver sorrir.