De mim, especificamente? Pois é, tenho andado (muito) desaparecida e acho que é altura para aceitar que, realmente, o blog vai ficar nesta condição de um post ou outro por semana. No últimos três meses fiz dois posts em que falei da minha vontade em mudar a rotina de escrita para ser capaz de continuar a fazer posts todos os dias, mas é melhor aceitar que, neste momento, isso não é possível. Tenho também que perceber que isso não faz mal nenhum, porque este blog - por muito que goste dele - não deixa de ser um hobby. Como tal, está sempre sujeito a passar para segundo plano quando outras prioridades surgem.
QUE SAUDADES! A sério, ninguém entende a falta que senti de me sentar um bocadinho durante a minha hora de almoço e dedicar-me aqui ao blog. CINCO DIAS, que ultraje, sem escrever um novo post. Não sei se alguma vez estive tanto tempo sem o fazer e a verdade é que senti realmente falta deste momento no meu dia. Tenho tanto para vos falar, tanto para vos perguntar, tanto para partilhar convosco que estava a ver que não arranjava tempo para começar a dar vazão a todos os meus pensamentos. O problema está mesmo a ser este raio de mês de maio que parece nunca mais ter fim.
Foi este pensamento que me fez levantar da cama. Vá, isso e mais algumas coisas que por acaso até estou a ter um dia bastante ocupado. Mas o que importa reter neste post é que imaginar o peru com castanhas ajudou bastante ao grande sorriso que tenho hoje estampado na cara. Obviamente que pensar nessas coisas da maneira que o faço estando eu a tentar manter dieta para perder peso é um bocadinho contraproducente... mas eu não vos consigo mentir a vocês nem a mim própria.
Nem dei pela última semana passar. Tal como contei aqui - também faz hoje uma semana -, estava muito entusiasmada para começar a última semana do primeiro semestro do mestrado. Foi uma semana muito ocupada a acabar trabalhos, escrever discursos e preparar apresentações. Então eu que desde o meu 12º anos me auto-intitulo "Rainha do PowerPoint" passei horas e horas de volta de imagens, esquemas de estrutura, tipos de letra, animações de diagramas... tudo para fazer apresentações de sonho.
Ia começar este post com a frase "o tempo é uma coisa frustante", mas depois de alguns minutos de reflexão a olhar para uma página do computador em branco descobri que se calhar não é bem isso que quero dizer. Esse "tempo", dito assim nessa frase, pode passar por tempo metereológico. Esse também é frustante, porque para a semana começa o penúltimo mês do ano e ainda vamos andar todos de manga curta. Como podem ver, ando a controlar-me bastante para não desatar aos gritos sobre isso aqui no blog.
Apesar do tempo meterológico ser, efetivamente, frustante, não era nele que estava a pensar quando me lembrei dessa frase para começar este post. O tempo de que queria falar, de que vou falar, é o tempo do relógio. O tempo propriamente dito. A unidade de medida das nossas vidas, era a esse tempo que me estava a referir. Decidi que seria injusto chamar-lhe frustante porque não é ele que o é. Sou eu. Eu é que me "frusto" a mim própria.
Tenho uma relação de amor-ódio com números. Na escola sempre detestei matemática e mais tarde fisico-química e outras disciplinas que tais. Sorte a minha que tinha jeito para as outras e por isso a minha escolha em seguir humanidades no secundário não foi só para fugir à matemática. Nessa altura, detestava mesmo tudo o que metesse números.
Com o tempo fui percebendo que os números, às vezes, podem ser coisas giras. Engraçadas, até. Nos casos mais bonitos, podem medir o tempo que passamos com alguém de quem gostamos. São os dias de aniversário em que a família e os amigos se juntam. São os anos de uma pessoa, os anos de casamento, de namoro, os anos que se trabalha num determinado sítio - motivo de especial felicidade nos dias que correm. Podem ser os nove meses que faltam para uma criança nascer, o seu primeiro aniversário. Podem ser o número que vemos no extrato bancário quando recebemos o ordenado. Pode ser o "-70%" quando vemos aquela coisa que há tanto queríamos comprar e está finalmente em saldos. Os números podem ser muito felizes.
Este fim de semana vou passar um girls weekend na Aldeia da Pedralva e estou muito entusiasmada porque, apesar desta zona estar na moda há já algum tempo, nunca fui passar uns dias para estes lados e conhecer o sítio. Vamos passar lá duas noites, numa casinha de turismo rural e espero que dê para todas descansarmos muito e nos divertirmos ainda mais! - e claro, espero que me traga muita coisa gira para partilhar aqui.
Apesar deste entusiasmo em ir tenho que vos dizer que este pré partida não está a ser nada fácil e eu digo-vos já porquê. Primeiro: apetece-me sentar S. Pedro à minha frente, trazê-lo mesmo por uma orelha e perguntar-lhe se está a atravessar alguma crise de meia idade ou coisa do género. Segundo: fazer malas quando temos todo o tempo do nosso dia mais que contado.