Regresso esta semana com mais um post em que vos vou falar de um dos meus sítios preferidos no Gerês: o miradouro da Pedra Bela. No meu recente passeio ao Gerês - podem ler todos os posts que já escrevi sobre isso pesquisando por "gerês" ali na barra de pesquisa do blog - quis levar o meu Rapaz e os nossos amigos a este sítio que acho completamente mágico. É um miradouro que se situa a mais de 800 metros de altitude e tem uma das paisagens mais bonitas do Gerês, com direito a rio, povoações e muita natureza.
Ora aqui está uma coisa que eu achava que não iria acontecer tão cedo: VOU PASSEAR! Eu sei, o meu entusiasmo pode parecer um bocadinho descabido - sobretudo porque, felizmente, ninguém me prende em casa tipo princesa no castelo - mas são vários os pormenores que me fazem ficar tãaaaaoooo feliz com este pequeno grande passeio que vai acontecer nos próximos dias! Aonde? Ao Gerês!
Apesar de ter partilhado com vocês a grande notícia do meu regresso ao mundo do trabalho na passada quinta feira, a verdade é que só me caiu a ficha umas 48 horas depois. Tive um fim de semana absolutamente maravilhoso - não se preocupem que no decorrer desta semana vou contar-vos tudo - que fez parecer que me estava realmente a despedir das minhas "férias (demasiado) prolongadas". No sábado de manhã, ao acordar no cenário mais tranquilo do mundo, virei-me para o meu Rapaz e disse: "Porra. Daqui a 48 horas já vou estar no trabalho!"
Ando de autocarro todos os dias da semana, à exceção - para bem da minha sanidade mental - do sábado e do domingo. Durante os restantes dias da semana faço quatro viagens diárias: duas de manhã e duas ao fim do dia. Parece muito? Isso é porque é mesmo. Parece horrível? Isso também é porque é mesmo. Ainda por cima, como apanho os mesmo autocarros todos os dias - se o canídeo da minha rua não me apavorar, obrigando-me a perder o autocarro - tenho o azar de estar sempre naqueles únicos que não têm internet. Nem assim me consigo distraír do que se vai passando à minha volta.
Acho que não é preciso estarmos a falar daquela queixa que, embora legítima e ainda relevante, já é clássica: as pessoas que desconhecem a existência dessa invenção maravilhosa que foram os fones. Achei durante muito tempo que isto era um problema das novas gerações - estando, em muitos casos, a minha própria ainda incluída - mas depois de um verão a andar de transportes públicos descobri que, neste caso, a idade não importa nada. À pala de um senhor nos seus setentas, que apanha um dos autocarros em que vou, já tenho um vasto conhecimento naquilo que me parece ser música coreana.
Tal como vos contei na passada quinta-feira (ou terá sido sexta?) que fui passar duas noites à Aldeia da Pedralva, situada no concelho de Vila do Bispo. Antes de ir fui procurar algumas informações sobre o local em que íamos ficar e no meio de várias reviews encontrei o termo "O Outro Algarve". Dois dias depois do meu regresso a casa, não poderia arranjar palavras que definam melhor a aldeia.
A premissa do local é muito interessante. A Aldeia da Pedralva era, efetivamente, uma aldeia que tal como tantas zonas do nosso país foi vítima de uma desertificação sem precedentes. Segundo o site, a Aldeia da Pedralva chegou a ter mais de 100 habitantes para em 2006/2007, a equipa atual encontrar apenas 9 casas com as condições mínimas de habitação. Apaixonando-se pela paisagem que envolve esta aldeia, a equipa decidiu que estaria na hora de lhe dar uma nova vida: assim nasceu a nova Aldeia da Pedralva.
Este fim de semana vou passar um girls weekend na Aldeia da Pedralva e estou muito entusiasmada porque, apesar desta zona estar na moda há já algum tempo, nunca fui passar uns dias para estes lados e conhecer o sítio. Vamos passar lá duas noites, numa casinha de turismo rural e espero que dê para todas descansarmos muito e nos divertirmos ainda mais! - e claro, espero que me traga muita coisa gira para partilhar aqui.
Apesar deste entusiasmo em ir tenho que vos dizer que este pré partida não está a ser nada fácil e eu digo-vos já porquê. Primeiro: apetece-me sentar S. Pedro à minha frente, trazê-lo mesmo por uma orelha e perguntar-lhe se está a atravessar alguma crise de meia idade ou coisa do género. Segundo: fazer malas quando temos todo o tempo do nosso dia mais que contado.