Tentar definir-me sempre foi um exercício muito complicado para mim. Definir os outros, até. Não sei, mas acho sempre que determinada característica sobressai em determinada situação e que noutra totalmente diferente posso ser exatamente o contrário. Fez sentido? Pois, provavelmente não! Lá está: é difícil para mim definir-me como quem descreve uma paisagem, por exemplo. Se calhar essa é a verdadeira beleza de ser um ser humano: como diz o Shrek, temos várias camadas, como uma cebola.
Nunca achei que fosse escrever esta frase, mas a verdade é que já aconteceu várias vezes nos últimos meses várias pessoas virem ter comigo para me dizerem que devia continuar com os vídeos no YouTube. Há meses que não há novidades no canal por duas grandes razões. A primeira, acho que é óbvia. Se até o blog ficou com menos conteúdo deste que recomecei a trabalhar, seria de esperar que o canal "sofresse" mais com essa mudança, porque ser um tipo de conteúdo que dá mais trabalho. Em segundo lugar, porque decidi que daqui em diante só vou usar o canal para música.
Enganam-se aqueles que acham que o post que estão prestes a ler não vai falar, literalmente, das pulgas de um cão de alguém. Vai mesmo. Esse é o tema real e central desta história, não é nenhum eufemismo nem nenhuma metáfora - até porque se fosse, não era lá muito bonita de se ler. Quem é essa ela, dona do cão, perguntam vocês? Eu também não sei. E é precisamente por não saber quem é, mas saber que o cão tem pulgas, que quero desabafar convosco aqui no blog.
Estávamos em Outubro, já não me lembro de que ano. Estava em casa com a minha mãe, só as duas. O meu irmão estava quase a chegar do trabalho e vinha cá a casa almoçar connosco. O meu pai estava de serviço. Era sábado e por isso, seria de esperar que eu acordasse um bocadinho mais tarde. Nesse dia, não foi isso que aconteceu. Nesse dia acordei relativamente cedo para alimentar o meu maior vício de então: jogar Sims 2.
Detesto fazer posts pequenos. Quando cá venho gosto de me sentar e ficar aqui pelo menos uma horinha, em que reflito e escrevo cada uma das palavras com a intenção que merece. Mas hoje, acho que vou ter que quebrar esta regra que coloquei a mim própria e que tanto gosto de má quando a cumpro à risca.
Hoje não vou ficar aqui durante duas horas a escrever com toda a calma, a ter uma verdadeira com vocês, mas - haja um dia! - não é por falta de tempo. Hoje faço o meu primeiro post pequenino porque as novidades dos últimos dias foram tão grandes que quero trabalhar bem na maneira como as vou partilhar com vocês.
Isto não são horas nem de escrever nem de nada. Amanhã até acordo relativamente cedo - mas sem despertador, finalmente! - e mesmo assim, cá estou eu.
Não sei muito bem sobre o que quero falar - mas também prometi a mim mesma que iria deixar de impôr regras sobre o que escrever e quando escrever. É por isso que estou aqui, a escrever-vos a esta hora da manhã e sem um tema em concreto.
Sei que me apetece escrever sobre coisas felizes porque hoje passei o dia a ter a sensação de que a felicidade está realmente nas coisas mais pequeninas, que na maior parte dos dias nos passam completamente ao lado. Eu sei, isto não poderia ser mais clichê. Provavelmente deveria abrir uma página do word e fazer todo um brainstorming sobre estas questões para escrever um texto cheio de significado, talvez até capaz de se tornar viral... mas não. São quase duas da manhã, por isso vou deixar-me ficar pelo clichê.